quinta-feira, 15 de outubro de 2009

- Sobre a saudade

É possível sentir saudade do que não se conhece? É possível sentir saudade do que se teve por pouco tempo? É possível sentir saudade do que você julgava te fazer infeliz? É possível sentir saudade do que se foi? É possível sentir saudade daquilo que você, ao menos, lembra que aconteceu?

A saudade do que não se conhece é a melancolia, que tantos poetas definiram como a ‘maneira romântica de ficar triste’; a saudade do efêmero condiz com os momentos felizes que aconteceram (e marcaram muito) em um mínimo de tempo; a saudade do que te fazia infeliz, como você supunha, é a vontade de voltar a uma época de sua vida em que você, de fato, foi feliz e não percebeu; saudades do que se foi é a maneira mais genuína de ‘sentir saudades’, é a lembrança mais dolorosa de pessoas, momentos, vidas que se foram e você nem ao menos percebeu, este último tipo de saudade inclui a saudade do que você não lembra que aconteceu, quando na verdade essas são as memórias mais lúcidas que habitam em teu ser.

A verdade é que todos sentimos saudades algum dia. Saudades de ser como éramos, de ter quem tínhamos, de ir aonde íamos, de viver como vivíamos.

Saudades de um tempo em que éramos felizes e não sabíamos!


Post totalmente melancólico. Sorry!

Um comentário:

  1. As saudades são fixas dentro de cada ser, precisam apenas de estímulo para se manifestareem. Às vezes sofremos com ela, mas isso nos faz lembrar que devemos valorizar desde os mais pequenos aos maiores momentos de nossa vida. Um dia sentiremos saudade deles.

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